30/05/2007

Cantigas de Maio


José Afonso
Eu fui ver a minha amada
Lá p'rós baixos dum jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim

Eu fui ver o meu benzinho
Lá p'rós lados dum passal
Dei-lhe o meu lenço de linho
que é do mais fino bragal

Eu fui ver uma donzela
Numa barquinha a dormir
Dei-lhe uma colcha de seda
Para nela se cobrir

Eu fui ver uma solteira
Numa salinha a fiar
Dei-lhe uma rosa vermelha
Para de mim se encantar

Eu fui ver a minha amada
Lá nos campos eu fui ver
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para de mim se prender

Verdes prados, verdes campos
Onde está minha paixão
As andorinhas não páram
Umas voltam outras não

Refrão:

Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou.



Rosa dourada

12 comentários:

Anónimo disse...

Zé Afonso sempre presente

Luna disse...

Zeca afonso, homem inesquecivel,e mesmo ausente esta sempre presente.
beijos

rosa dourada/ondina azul disse...

Olá tibeu,

Está sempre presente.

rosa dourada/ondina azul disse...

Olá luna e neptuno,

Sempre presente.

Beijos rosados,

Páginas Soltas disse...

Zeca Afonso...uma referência para os poetas!

Ao ler ia cantando...também!

Ontem estava de greve...hoje não! :)


Beijinhos da

Maria

Maria Silva disse...

Sempre actual as canções do zeca.

bjs

Magri disse...

Obrigada pela tua visita, que também me permitiu descobrir-te.
E parece que temos alguns gostos comuns: por coisas com arte e trabalho manual (já espreitei o outro espaço) e por poesia.
Zeca Afonso continua a ser um dos meus cantores favoritos, e este tema, embora de origem popular, faz pensar nele de imediato.

Voltarei mais vezes.
Um abraço.

rosa dourada/ondina azul disse...

Olá Maria,

Zeca Afonso é uma referência em muitos sentidos.
Dá mesmo vontade de ir cantando.

Um beijinho para ti,

rosa dourada/ondina azul disse...

Olá nanda,

Continua presente e actual nas suas canções.

beijo,

rosa dourada/ondina azul disse...

Olá margri,

Benvinda. Vamos continuando a descobrir.
Zeca Afonso, sempre !

beijo,

poetaeusou . . . disse...

*
A morte saiu à rua num dia as sima
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Um a gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação
,
in)zeca afonso
/
xi
/

rosa dourada/ondina azul disse...

Olá poetaeusou,

A morte saiu à rua, essa ou outra sempre actual.
Ontem, hoje e amanhã continuará actual.

Beijo,