
José Afonso
Eu fui ver a minha amadaLá p'rós baixos dum jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim
Eu fui ver o meu benzinho
Lá p'rós lados dum passal
Dei-lhe o meu lenço de linho
que é do mais fino bragal
Eu fui ver uma donzela
Numa barquinha a dormir
Dei-lhe uma colcha de seda
Para nela se cobrir
Eu fui ver uma solteira
Numa salinha a fiar
Dei-lhe uma rosa vermelha
Para de mim se encantar
Eu fui ver a minha amada
Lá nos campos eu fui ver
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para de mim se prender
Verdes prados, verdes campos
Onde está minha paixão
As andorinhas não páram
Umas voltam outras não
Refrão:
Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou.
Rosa dourada
12 comentários:
Zé Afonso sempre presente
Zeca afonso, homem inesquecivel,e mesmo ausente esta sempre presente.
beijos
Olá tibeu,
Está sempre presente.
Olá luna e neptuno,
Sempre presente.
Beijos rosados,
Zeca Afonso...uma referência para os poetas!
Ao ler ia cantando...também!
Ontem estava de greve...hoje não! :)
Beijinhos da
Maria
Sempre actual as canções do zeca.
bjs
Obrigada pela tua visita, que também me permitiu descobrir-te.
E parece que temos alguns gostos comuns: por coisas com arte e trabalho manual (já espreitei o outro espaço) e por poesia.
Zeca Afonso continua a ser um dos meus cantores favoritos, e este tema, embora de origem popular, faz pensar nele de imediato.
Voltarei mais vezes.
Um abraço.
Olá Maria,
Zeca Afonso é uma referência em muitos sentidos.
Dá mesmo vontade de ir cantando.
Um beijinho para ti,
Olá nanda,
Continua presente e actual nas suas canções.
beijo,
Olá margri,
Benvinda. Vamos continuando a descobrir.
Zeca Afonso, sempre !
beijo,
*
A morte saiu à rua num dia as sima
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Um a gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação
,
in)zeca afonso
/
xi
/
Olá poetaeusou,
A morte saiu à rua, essa ou outra sempre actual.
Ontem, hoje e amanhã continuará actual.
Beijo,
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